De Asas Pregadas

Impedida de voar, sonhar,

viu-se prisioneira do Amor.

não pode sequer relembrar,

chora em profusão, com dor.

Arruinaram os sonhos puros,

algemaram o seu bem-me-quer,

nas nuvens, a prenderam longe,

ignoraram a intenção da flor.

Amordaçaram os ideais totais,

no ímpio isolamento de pranto,

algures, estará seu encanto,

solto, livre como um monge.

Um dia, Alguém a libertará,

de todo tormento a livrará,

não terá grampo, ela cederá

aos intuitos do que virá...

Orvalho do Céu
Enviado por Orvalho do Céu em 13/10/2023
Código do texto: T7908068
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