De Asas Pregadas
Impedida de voar, sonhar,
viu-se prisioneira do Amor.
não pode sequer relembrar,
chora em profusão, com dor.
Arruinaram os sonhos puros,
algemaram o seu bem-me-quer,
nas nuvens, a prenderam longe,
ignoraram a intenção da flor.
Amordaçaram os ideais totais,
no ímpio isolamento de pranto,
algures, estará seu encanto,
solto, livre como um monge.
Um dia, Alguém a libertará,
de todo tormento a livrará,
não terá grampo, ela cederá
aos intuitos do que virá...