Fim (Isso não fez doer em mim)

Tudo que vi de bom em você, foi um reflexo tão meu, como se você fosse um espelho amparado por uma luz que já não existe.

E de longe brilhava tanto, olhei e me encantei sem me dar conta do teu vazio da tua primavera de flores murchas e fétidas onde eu reguei na esperança vadia de que brotaria do chão um único vestígio de vida num vespeiro de morte e mentira que te rodeia.

As suas mascaras foram caindo com o tempo e eu sempre sabedor das suas mentiras, dos seus comentários maldosos e oportunos afim de somente inflar o seu tosco ego, não preciso descrever o quão imenso sou e descabido pra você, no seu íntimo sem querer sempre foi sabedora de tal.

Eu criei um teatro de fantoches cheios de amarras e enlaces sob os meus pés, pronto para o tombo e você puxou a cadeira e assistiu sorrindo de fora, e não sinto vergonha porque verdade tem a capacidade de desfilar despida sem precisar se indispor com ninguém.

Eu não me magoei nem fiquei triste tão pouco prostituto com os fatos, eu achei engraçado, sorri como se você fosse a piada e entendi por fim os dias que não davam certo, finalmente me perdoei, te enterrei com a sua pequenez sem fim.

Num lugar que não pretendo visitar nunca mais, no mural dos meus enganos, e por outro lado pretendo consultar o oftalmo pra rever as tais coisas lindas que vi, posto visto os meus olhos me enganam na sua comunzice suburbana (e eu não deixei de te achar atraentezinha) só te acho fútil e infantil.

Também preciso me desculpar com os astros cujo qual enchi o saco, sobre outras pretendo consultar um psiquiatra talvez até um padre pra desintoxicar sua densidade de perto de mim...

Afinal, mais honesto girar do que enganar.. Seu nome tem gosto hostil, e um eco gigante de indiferença e desgosto.

Porém hoje acordei leve sem as suas frases falsas no celular, como sentir falta de uma ilusão sem assinar um atestado de loucura?

Claro que machucou perceber que eu planejei a dois e você rodava, rodava e rodava em volta do seu egoísmo mas em quem de fato deveria doer?

Naquele que doou legítimos afetos, ou naquela que não tem subsídio para aceitar essa oferta ou recusa-la com honestidade....

Como vou sentir ciúmes daquela que julgando me enganar estragava sua chance de tentar trechos de felicidade;

Ter pena é regredir num pífio estágio das suas doenças de alma, e hoje eu sou pura saúde espiritual

A mesma que tentei partilhar com você, mediante as demais coisas e você não quis...

Quem deve mesmo chorar?...

Henry Moody
Enviado por Henry Moody em 27/09/2023
Reeditado em 27/09/2023
Código do texto: T7895054
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.