Nada sou pra você...
Pra você, nada sou, como o vento que passa,
No silêncio da noite, na madrugada lassa.
Minha voz, um sussurro, na vastidão do mar,
Na imensidão do universo, um simples olhar.
Sou a sombra discreta, que se esconde na aurora,
Um suspiro perdido, na vasta vida que decora.
Pra você, sou apenas um eco no vazio,
Na paisagem da alma, um quadro vago e frio.
Mas em mim, guardo sonhos, segredos sem medida,
E na quietude da noite, minha alma se despida.
Pra você, talvez, eu seja apenas um lamento,
Mas em meu próprio mundo, sou um pensamento.
Pois na essência do ser, no âmago do coração,
Há mais do que se vê, há uma imensidão.
E mesmo que pra você, eu seja só ilusão,
Em meu próprio universo, sou uma canção.