Aquele ódio próprio
Um ódio próprio me assombra
Tenho vontades de Manuel
Aquelas de entrar no mar
E não mais voltar
Que o existir é insignificante
Sinto como mais um
Verme rastejante
Que esse mundo gerou
Abrace-me
Que sua Bandeira me envolva
Apenas vestida dela
Passarei as noites sem lua
Contando as 27 estrelas
Que alguém bordou
Quem?
As mulheres passam nas sombras
Solitárias
Loucas
Bordam
Escrevem, cozinham
Choram
Quem sabe seu nome?
Quem lhe deu algum valor?
Um homem?!
Criaram as normas que a rotulou
Me odeio tanto essa noite
Mais do que nunca
Quero em Pasárgada me afogar