ININTERRUPTOS SOLUÇAR DA DOR
Ininterruptos soluçar da dor...
De incoerentes séculos acumulados
Alimentando uma efemeridade interior
Provenientes de devaneios não ultrapassados
Ininterruptos soluçar da dor...
Em algo novo me debruço
Mas, parece ser inútil tentar fazer o que for
Para tornar o mundo um lugar menos obscuro.
Ininterruptos soluçar da dor...
As lágrimas são como o meu sangue pulsando
Só não é refém disso o ator
Que vive bem fingindo o seu imenso pranto.
Ininterruptos soluçar da dor...
A valsa da despedida ainda não ensaio nem danço
Apesar de sabê-la tão bem compor
A repentina disritmia da sua dissonância não aclamo.
Ininterruptos soluçar da dor...
Sempre investigando algum motivo de luto
Ao fazer vivo o espinho e morta a flor
Camuflada armadilha manifestada em tudo.
POEMA: ANTONIO GUSTAVO