O Acidente de Cóccix, o Peso de Memórias e o Louvor da Autoindulgência

Lhe intimido entre lágrimas

Há afetos que invento

Para não dançar só

Nos banquetes triunfais

Trivial escândalo

Teu nome rimado

Ao que deus negou

E o homem adotou

Eu me emociono ao teu continente

Eu como da terra que se fez gentil

É a primavera que se turva

Risco de pó, pólvora e moinhos

Um equívoco reencarnado

Aquilo que me maldizem

Aquilo que embriaga o receio

Aqueles que me querem só

Cura a beleza na imensidão do exílio

Não caibo nos aromas que quis

Clamei fugas onde esparramei

Dúzias de meu ouro derretido

O sol de ponta cabeça, ironizavam

Minha ambição eterna

É o teu olhar fixo em mim

Nocivo? Eu sou causa e sintoma

Teu hálito de cigarro

É gatilho ao passado

Que enterro nos baús de plástico

Eu cobiço até a página dois

Eu quero a possibilidade

De respirar os teus olhos acessos

Eu escolhi a ignorância

Eu me receitei a não intromissão

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 19/06/2023
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