Cansaço

Vivo a mastigar meus próprios dentes;

A angústia pressiona minha mandíbula...

Não tenho tido paciência pra nada, e muitas vezes em segredo

Tenho quisto morrer.

Tenho sentido frio e tomado álcool,

Que quando tem descido fica congelado...

Há pedras no córrego que se saltam do fundo e surgem à tona,

Que, embora pesadas, boiam à vista.

Como o reflexo do avião que passou pelo céu...

As águas inda correm à sua maneira;

Já eu tenho estado cansado.

Minhas pálpebras pesam...

E meus olhos têm visto mais quando estão fechados.

Assim as horas não passam,

Assim o relógio não vira,

Fita-me bem,

Estou velho e impossibilitado.