Desamor
Desamor
Quem dera falar de flor
Desamor
Quem me dera na vida ter tido algum tipo de amor
Desamor
Quem me dera se em minha existência eu não sentisse tanta dor
Desamor
Quem me dera não estar tão sozinho
Morrendo no vazio e no abandono
De um quarto miserável
Onde não há calor
Nem flores
Apenas dor
E desamor
Mas quem me dera poder falar de flores e de amor
Mas não dá
Em toda minha existência eu só conheci a falta de amor
E o desamor em sua plenitude
Que é o estar completamente só
No mais obscuro e deserto abandono
E não há palavras de consolo
Apenas a certeza da morte solitária
E de carregar nessa existência apenas a mais fria e triste dor
A eterna dor do mais puro e frio desamor
Serei dor até o fim
E ainda assim jamais deixarei de lutar sozinho pelo que acredito
As lutas solitárias também são legítimas
E as lágrimas da pessoa sozinha também formam um mar de lágrimas
Um mar repleto de tristeza, dor e desamor
Dedico esse poema a todas as pessoas que como eu nunca foram amadas na vida e morreram doentes, abandonadas e sozinhas. Sem nunca conhecerem o verdadeiro amor.