A TI FIZESTE ESTRANHO O MEU AMOR

A ti fizeste estranho o meu amor

Como a um abortivo

Por debaixo da língua

O veneno de áspide

Ácido que corrói lentamente

Cegando os olhos abruptamente

O amor não morre nem se acaba

Enquanto vive o homem

Mas se esconde nas recâmaras do coração

Pode não nascer novamente

A ti fizeste estranho o meu amor

Igual a um animal acuado

Fugir para não se tornar presa

Ou morrer lutando inutilmente.

Erimar Lopes
Enviado por Erimar Lopes em 22/03/2023
Código do texto: T7746416
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