Sequelas de minh'alma

Enquanto as sequelas de minh'alma

Apontam as dores sentidas

E os veios de lágrimas deixarem

Adversas plantadas feridas

Te deixarei na sacada

As brancas barbas da vida.

Verás o tempo que passa,

Teu véu, não me serve mais,

Tuas asas,

Não mais me acalmam,

Não me apraz,

Nem satisfaz

E enquanto me cicatrizam

Todo tipo de tormento

Nem mesmo o teu Juramento

De partir pra eu ter paz

Acalma o peito por dentro

Nesta alma tão sagaz

Mas busco a fé que me falta

Pra encontrar o amor sereno

Mesmo que ainda pequeno

Regado a cada dia

Essa pobre alma fria

Se fortifica por dentro.

Benigna Samselski