Restart
Não me sirva um prato de misericórdia
Faço vista grossa para manter a sanidade
Não tenho apetite de sonhador
O pouco que eu tinha, o vento levou.
No toque, no beijo encapsulado dos teus lábios proibidos
No cheiro, no peso das anilhas sobre meu corpo nu
Na dor, no caos e no sofrimento de pertencer
Sou filho das sombras, mereço sofrer.
Se um dia deixei que o mundo me levasse
Nesse mesmo dia me arrependi de ter ficado
Já implorei para que Deus me levasse
Mas ele me obrigou a pagar pelo meu pecado.
Só queria um restart para tentar de novo
Competir com meus irmãos, dentro do útero de minha mãe
Para ver quem vem ao mundo sofrer
Eu ficaria para trás, orando pelo irmão que se sacrificou no meu lugar.