Vida soturna

Um cão imundo, um astro vagabundo vagueia pelo mundo. Num caminho errante de uma alma dissonante que vive muito distante... Numa vida soturna, enfiado numa furna de uma sombra noturna. Pela cidade insensível, de rotina e olhar invisível, que o acha desprezível. Morando na calçada da rua, com a mente nua e crua dentro do universo da lua. Sem saber e entender se vai viver ou morrer ou acabar de enlouquecer?

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Muito obrigado pela sua bela interação poeta Jacó Filho

O preço da razão

Até comer da maçã, Tinham tudo que queria, Desde o café da manhã, Aos lanches todos os dias. Mas a lábia da serpente, Transformou em penitentes, Adão e todo o seu clã... Que jamais trabalharia, Até comer da maçã, Tinham tudo que queria...

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Muito obrigado a poetisa Mariaga pela bela interação

A dor da alma

Lamentável razão desconhecida, Por qual andarilho cometa, Escolha vagar entre as estrelas ribaltas do sangue da terra. Sem vínculo, sem compromisso,

Sem amor, sem destino, sem plateia.

Meio `a multidão de espectadores, Cortinas o cercam na solitude indigna. Bastidores obscuros da vida.

Indigência d'alma perdida no anonimato. De dores tão sofridas de coração amargo. Do destino não restou tesouro. Indignidade do nada aproveitar na razão.

Nem o massagear do apagador na lousa negra, Dos olhos pode livrar a sorte de tantos tormentos. Resta vaguear sem beira e sem teto,

Ao léu, perdido na ausência do brilho dos aplausos.

Vilmar Donizetti Pereira
Enviado por Vilmar Donizetti Pereira em 16/02/2023
Reeditado em 23/02/2023
Código do texto: T7720740
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