Desordem
Sempre fui teu céu, tua estrela guia
Fui quem lhe ofertou calor.
Não haviam padrões, hierarquia
Havia um latente furor!
Havia o sublime perfume.
Havia o singelo olhar.
Tudo virou azedume,
Com olhos a me flechar.
Foram mais idas do que vindas.
Foi mais ego do que amor.
Enfim esse ciclo se finda,
Regado no desamor.
Não pude lhe dar ouro nem prata.
Não te bastava o apogeu.
Nunca fingi ser aristocrata,
Mas dei-lhe meu coração plebeu.
Me entreguei com ternura.
Me entreguei por inteiro.
Me envolvi na tua loucura,
Mas meu alvo não foi certeiro.
Fisgou-me no teu embuste,
Não entendi tua pretensão.
Levou-me pra o teu desajuste,
Desajustando meu coração.
Não sinto mais o amor!
Todo meu ser você suplantou.
Dei ouvidos ao teu clamor,
E olha a desordem que ficou.