Marionete

Num encantamento se viu,

De um todo utópico,

Olhos deslumbrados,

Sentidos alertas,

Coração acelerado,

Ao tocar, decepcionou-se,

Frio ou morno, ao caso não veio,

Frustrado ficou,

Mas, " Ah vaidade"

Contornou,

E o que era morno, "esquentou",

Qual café "requentado"

A vida seguiu,

De ilusão se alimentou,

Acostumou-se que "nada", era algo,

Manipulou-se? Por medo, ou orgulho, nunca soube.

Conformou-se de que era bom.

Mas, com os anos,

Um olho se abriu,

E o coração descompassou,

Largou suas cordinhas pelo chão.

Assim, sua personalidade brotou,

E com ela a espontaneidade,

Ou seja, voltou a ser visto nas ruas da cidade.