Mulher Mal Amada

Ela vinha, às vezes,

como quem vinha do nada.

Pariu de seu ventre

como sendo a criada.

Trazia, à cintura,

a criança agarrada.

Festiva a criança

o sorriso estampava.

A mãe tinha um grito

à garganta enroscado.

Pobre vil mulher mal amada!

Pouco trazia

e nada levava.

Somente a criança

a si agarrada.

Ela vinha sofrida

e sofrida voltava.

Em busca de um sonho

que não era nada.

Pedia socorro

e ninguém escutava.

Não era bem vinda,

Era desprezada!

Pobre vil mulher mal amada!

JAEL SOUZA
Enviado por JAEL SOUZA em 05/12/2022
Reeditado em 05/12/2022
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