Mulher Mal Amada
Ela vinha, às vezes,
como quem vinha do nada.
Pariu de seu ventre
como sendo a criada.
Trazia, à cintura,
a criança agarrada.
Festiva a criança
o sorriso estampava.
A mãe tinha um grito
à garganta enroscado.
Pobre vil mulher mal amada!
Pouco trazia
e nada levava.
Somente a criança
a si agarrada.
Ela vinha sofrida
e sofrida voltava.
Em busca de um sonho
que não era nada.
Pedia socorro
e ninguém escutava.
Não era bem vinda,
Era desprezada!
Pobre vil mulher mal amada!