Nem amor, nem amigo
NEM AMOR,
NEM AMIGO
Quando a gente descobre
Mentiras cotidianas
Por mais que juras redobrem,
Por mais que digas que ama,
Podes perder as esperanças
Não irás reaver a confiança,
Não mais enganas.
Carrega contigo somente
Está triste ilusão,
Ata-a a ti tal corrente
Saboreia tal escravidão.
Perceba o amargor das palavras,
Nada diz, só te cala,
Vê tua falsa situação.
Sabes bem do que falo,
Esclarecer é desnecessário
Daqui pra frente, se calo,
Cesso meu vocabulário,
É porque não quero que penses
Que eu seja simplesmente.
Um otário.
Tudo vem as claras
Nada fica escondido
Tudo que se faz, ou se fala,
É pesado e medido.
Nunca se chama de amor
A quem só se causa dor,
Nem sequer se chama de amigo.
Ladislau Floriano.