Criança Estúpida

Eu, como criança estúpida

Que costumava ser

Escrevia poemas de amor

Como quem fosse morrer

Aos versos fatalistas de dor.

Maior engano, dizer não saberia

Se dizer que de amor se morria

Ou ainda que romantismo existia,

Pura ficção de poesia.

Há quem durma muito e acredite

Que Julieta e Romeu existe

E quem nada durma e assim sonha demais

Também acredita em coisas tais.

Hoje eu, duvido até do que meus olhos vêm

E ouvem meus ouvidos

Sei que me enganam os sentidos

E a sanidade que os detêm.