O fim do fim
Hoje é a última vez que eu permito que me faça chorar
A última lágrima escorre pelo meu rosto quente
Minhas bochechas vermelhas, de vergonha e dor
Essa é a última vez que eu permito que me invada
Que me despedace e me fira desse jeito
Essa é a última vez que eu permito que fique, ainda que breve
Pegue seu egoísmo e destile em que está pra chegar
Deixo a porta aberta pra próxima que quiser se aventurar
Estou farta de nunca ser e nunca ter, mas sempre ceder
Farta de continuar a acreditar que eu significo algo pra você
Esse é o último poema também, estou cansada de escrever sobre você
Cansada de gritar e você não me ouvir
De me fazer presente, pra quem não merece ser presenteado
De ser futuro, pra quem gosta de passado
Esse é o fim do fim, o início do término, a última linha, a derradeira partida, o ponto final.