FIM DE QUEM AMA
Eterna escuridão – sombria luz do desespero
Espectro derradeiro – sobras dum negro passado
Trazendo em si mesmo o peso do erro latente
Efêmero, esquálido – lúgubre rejeitado...
Seu fosco estandarte – à sua frente expulsa
Desterra toda e qualquer dignidade – justiça velada
Impõe-se sobre a cálida crueldade humana
Na vil e insana isonomia declarada
Presumido troféu – tosco e funesto lucro
A humilhação é fática – garante o prêmio indesejável
Lânguidos momentos – sofrimento bruto
O fim demora – embora perto esteja
Da pétrea carcaça – de um corpo pútrido
A insana morte – que por hora, o amante lascivo deseja...