“Uma manhã de inverno”
Talvez eu quebre aquele tabu de homens não chorar
Ou direi o suficiente para me sentir bem
Queria por um dia de todo esses pensamentos me livrar
Ou apenas viver as fazes que me convém
Esses dias que pensei em você foram cruéis
Se você quer partir eu te deixarei ir
Porém mesmo com essa liberdade você não sai do convés
Mas naufraga meus sonhos sem se despedir
Restou-me apenas imaginar você me observando
Com esta xícara semi-fria de chá com leite
Parecia tudo tranquilo quando me via chovendo
Era saudade pulando de meu peito de forma ardente
Tenho saudade também de seu sorriso
Me doeria ver-te infeliz neste mundo cruel
Mas você me deixou quando se encontrou indeciso
Era um doce amargo, feito gosto de mel
Deve ser abuso dedicar-te este verso
Pois sei que você odeia minhas prosas
Eu não sei qual deve ser meu erro, confesso
Talvez seja dedicar-me demais a certas pessoas
Aquele chapéu me caiu bem para fingir ser forte
Este verso serviu bem para mostrar que sou frágil
As mangas largas escondem os braços fracotes
Os dedos lépidos após pegar a caneta mostra a rima com “agil”
Eu lembrei daquela música que te dediquei
Ou daquele texto que para ti escrevi
Eram doces palavras que por ti invoquei
Eram momentos belos que graças a ti eu vivi