Diatribes
A tua celebração é datada
Velhas maçãs enxertadas e enxeridas
No que tua arrogância define pecado
A conformista destruição começa com a fome
Aquela que não se precisa
Aquela que negada, torna-se celibata
Aquela escondida nos versos dos poderes
Aquela que a valsa corrói com tensões e vontades
As costas para os olhos rubricas, quando vens por mazelas
Sei que me vês teus caleidoscópios mundanos
Indo além dos gêneros, além das comissões extraordinárias
Meu nome suspenso pelos teus dedos sangrando um ouro fosco
Fruto de um desejo siamês, me espere na praia
Onde nossos desejos se encontram e perfuram o imaterial
Transcorrendo para a eletricidade que nossos olhos condenam
Quando aceitamos que somos efêmeros frente esta correnteza de mãos
A fera é uma metáfora de imagens, gestos e flashbacks
Dançando enquanto seus olhos penam a suprema virtude do encanto
Qual destes servirá perfeitamente para meu eu equilibrista de duas pontas?
Mesmo sabendo do eco que transtorna-se em teu peito nos labirintos de escolhas
Descaminhar a condução que me pus
Ao amor que nutri por revanche
Me perdoe, despejo estes dois personagens
Na bandeja suja de nossos graves desencantos
Observa-se os entretempos nas pausas
Meu fôlego é folga do homem-acusação
Em detrimentos aos meus erros, os aceito
Com todas a dores de Narcisos cegos
A carne contexto faz-se prezar, tece rezas absurdas fora da habitação
O limite de toda essa pulsão é aonde atinge o texto
Limite é via limitante nesta oratória, o horário também condutor destas notícias
Morar no fogo invisível que consome a quietude blasé mandante do crime do conformismo...