Entre o tormento e o alento
Preciso crer mais em mim mesmo
Saber do meu potencial
Tem dias em que eu vivo a esmo
Sem nada de especial
Um dia me disseram pra desistir
Que eu não era bom
Palavras só pra me reprimir
Fazer desafinar no tom
Então vivo entre a cruz e a espada
Sem horizonte a seguir
Tem dias que não produzo nada
Preso na cama a dormir
Palavras erradas me tiram a fé
Minam minha esperança
Tiram forças que me mantém de pé
Amedrontado como uma criança
Um monstro sombrio assusta
Não vejo ninguém pra me ajudar
Vejo o quanto a vida é injusta
Estou numa ilha só e a gritar
Mas ninguém ouve, não, ninguém
O mundo está longe e estão surdos
Elevo minhas mãos à procura de alguém
Pra me proteger ou dar um escudo.