Entre a Serpente e a Estrela

 

Há um brilho de faca
Onde o amor vier
E ninguém tem o mapa
Da alma da mulher

 

Ninguém sai com o coração sem sangrar
Ao tentar revê-la
Um ser maravilhoso
Entre a serpente e a estrela

 

Um grande amor do passado
Se transforma em aversão
E os dois, lado a lado
Corroem o coração

 

Não existe saudade mais cortante
Que a de um grande amor ausente
Dura feito um diamante
Corta a ilusão da gente

 

Toco a vida pra frente
Fingindo não sofrer
Mas o peito dormente
Espera um bem querer

 

E sei que não será surpresa
Se o futuro me trouxer
O passado de volta
Num semblante de mulher

 

Composição: Aldir Blanc / Terry Stafford. Versão: Zé Ramalho