Demolidor de um coração

Amor como pode dizer que me amas...

se quem ama cuida?

Como pode dizer se havia tanto ódio?

que deixavas marcas em meu pescoço...

que com tuas palavras,

demolias meu coração.

Você disse que eu era egoísta,

mas eu vivia a tua vida,

enquanto me derrubavas,

eu te apoiava,

e te perdoava,

tudo em nome do amor, amor...

Como pode me julgar tanto?

se foi você pai das minhas lágrimas?

se esgotada usava as ultimas forças,

e estive sempre com você?

nos bons e principalmente,

maus bocados...

Amor como pode dizer que me amas...

se quem ama confia?

Como pode dizer se havia tanta insegurança?

que sem eu perceber me controlavas?

eu como observadora de natureza,

não podia ousar olhar para o mundo,

me sentia então mais triste e segura,

se apenas olhasse para o chão,

arenoso ou cinzento, sem vida.

Você disse que eu só pensava em mim...

mas fazia todas as tuas vontades,

tudo para te ver feliz,

sem maldades,

sempre te ajudando,

apenas em nome do amor, amor...

Como pode me culpar tanto?

se você é o pai do nosso abismo?

se eu acabada sem força,

tentava manter a ponte, nosso caminho?

tentando todo dia,

evitar que não ficasse com raiva....

Demolidor como pode dizer que me amas...

Como ousa dizer?

se me machucavas enquanto te amava,

o universo, as estrelas, a lua...

eram testemunhas de promessas quebradas,

o mar e as paredes presenciaram nossa história,

que eu sofria calada sozinha.

Eu tentei demolidor....

mas teu peso era maior,

eis o pai de nossos sonhos mortos,

nosso amor...

Demolidor como ousa dizer que me amas?

Mataste a mim pouco a pouco,

tentei finalizar este estrago,

e sangrei pelo punho...

mas cá estou eu respirando,

voltando a enxergar o mundo,

com meus olhos fundos.

Para finalizar Demolidor,

não digas que me amas,

eu quem tolamente amou,

agora me libertei das amarras,

joguei hoje nossas alianças ao mar.

Apesar de tudo,

desejo a você muita paz,

para que não estragues mentes mais,

que perante tua loucura se tornam vitimas,

para que não deixes mais marcas

pelas carnes frágeis,

não há guerra para inventar,

e nunca houve...

Hoje me sentei na areia,

olhei as ondas,

e as deixei lavar de volta,

todas as promessas,

cada sonho,

todas as expectativas,

para novamente recomeçar do zero...

Por onde começo?

(Em possível processo de edição)

Ramona Räbel
Enviado por Ramona Räbel em 14/04/2022
Reeditado em 05/12/2022
Código do texto: T7495330
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