Arrogante
Sempre chorava quando não conseguia resolver suas questões
Apontava o dedo para quem lhe ofendeu
Gritava suas vontades sem pudor
Olhava o olho de quem estava presente
E cobrava sem parar as respostas certas
Não queria saber de desculpas do outro
Não se incomodava de falar do que queria
A hora que lhe desse vontade falava
Mesmo que não quisessem ouvir
O importante era o que ela queria
Não se importava se não queriam estar ali
Nunca se deu conta do que fazia
Não tinha vontade de se entender
Achava que o mundo devia o bastante
E que o outro tinha que lhe dar
Tudo que achava merecer
Os dias se passaram e poucos muitos se foram
Viu-se somente com os seus iguais
Que do mesmo jeito agia
Que tudo apontava, cobrava e gritava
E apontava para o que merecia
Não encontrava respostas por ver tanta gente chata
Não sabia por que estava assim
Nunca parou para pensar a verdade
Nunca se viu e nunca saiu dali.