Arrogante

Sempre chorava quando não conseguia resolver suas questões

Apontava o dedo para quem lhe ofendeu

Gritava suas vontades sem pudor

Olhava o olho de quem estava presente

E cobrava sem parar as respostas certas

Não queria saber de desculpas do outro

Não se incomodava de falar do que queria

A hora que lhe desse vontade falava

Mesmo que não quisessem ouvir

O importante era o que ela queria

Não se importava se não queriam estar ali

Nunca se deu conta do que fazia

Não tinha vontade de se entender

Achava que o mundo devia o bastante

E que o outro tinha que lhe dar

Tudo que achava merecer

Os dias se passaram e poucos muitos se foram

Viu-se somente com os seus iguais

Que do mesmo jeito agia

Que tudo apontava, cobrava e gritava

E apontava para o que merecia

Não encontrava respostas por ver tanta gente chata

Não sabia por que estava assim

Nunca parou para pensar a verdade

Nunca se viu e nunca saiu dali.

Maria Jucilene de Moraes
Enviado por Maria Jucilene de Moraes em 26/03/2022
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