O tempo do silêncio
Na verdade, tudo é uma questão de tempo.
No embalo de uma bebida, em um momento.
O tempo corre e também decorre a vivência.
É o que temos para aproveitar, sem dar valor à aparência.
Tenha o cuidado com quem silencia a sua existência.
Não espere o universo lhe ofertar advertência.
Siga, sem esperar o próximo gole acompanhado(a) da sorte.
A única certeza de que o tempo passa é a proximidade da morte.
Por isso, não se desgaste com quem não te valoriza.
Aproveite o seu tempo com a sua própria brisa.
Conexões são sortes, disfarçadas de importância.
Logo, não há parcerias sem constância.
Muitos amores e amizades se perdem pela vaidade do "mau tempo".
As nuvens chuvosas só demonstram a covardia do vento.
Deixe a tempestade passar por entre as nuvens.
Não se meta em embriaguez fúteis.
A cada escolha da velocidade do tempo e do vento, tomamos novos caminhos.
O que se perde, pode ser a construção de grandes moinhos.
A ferida que deixam em nossos corações, inviabilizam novos alicerces.
A condição que passam a pertencer, não mais nos impactam como manchetes.
Reflita sobre o seu silêncio com o próximo.
Entre um refresco e outro, o estranhamento e o que se tornará ótimo.
(Rafa Entre Linhas)