MENTIRA DE AMOR (rep.)
Tu fingias que me amavas
Eu fingi que te amei
Eras tu que me enganavas?
Ou fui eu que te enganei?
Amor se não verdadeiro
Sempre tem vida curta
É como o fácil dinheiro
Na mão daquele que furta
Acaba bem rapidinho
Do mesmo jeito que entrou
Mas deixa um rastro daninho
Na vida de quem furtou
Nada tínhamos em comum
E não conseguimos ver
Que o que agradava a um
Ao outro não dava prazer
Assim bons amigos ficamos
Sem mágoas e sem rancor
Porque ao final notamos
Que a nós mesmos enganamos
Com nossa mentira de amor
Rio, julho 1962