A REJEITADA
Figura apatíca, sem brilho, fincada ao solo como planta.
Olhar fixo no horizonte, rodeada por pessoas e só!
Sentimentos adormecidos!
Mergulhada em seu interior!
Sim! Ela sonha!
Sonha estar a correr na praia!
Sonha estar a amar na areia!
Humilhada, rejeitada, desprezada!
Esquecida por quem lhe jurou amor!
A dor corrompeu-lhe o coração!
Longe de raios e trovôes, ela sonha!
Em seu mundo encantado é feliz!
Amada, correspondida!
Páginas em branco!
Tempos não contados!
Decadas de solidão e dor!
O silêncio submeteu-se-lhe ao desamor!
Paralisada, inerte, sem planos ou alento!
Sem vislumbres de esperança!
Ferida em seus sentimentos.
A sua volta um mundo a parte!
Desconhecido, nada convidativo!
Surge no horizonte uma luz!
Um belo sorriso, um afeto!
Agarrou-se ao momento como se lhe fora o amor apresentado!
Entregou-se como se lhe a alma fosse sua, gêmea, única!
A triste cina se confirmou!
E o amor lhe acenou , sorriu e partiu!
Tola! Não aprendeu a lição!