O nosso amor sequer existiu
Você significou tanto para mim.
Você alcançou a parte mais escondida do meu coração.
Lembra daquele tempo, amor, em que vivíamos os dias sem nos importarmos com nada, a não ser a companhia um do outro?
Se recorda dos momentos, meu bem, quando víamos o mundo colorido?
Quando viajávamos as sete maravilhas do mundo em nossos sonhos juvenis?
Quando você sussurrava um eu te amo rouco no meu ouvido?
Você não lembra?
Ou prefere fingir que não se arrepia só de lembrar que me amou um dia?
Não lembra mesmo que nós nos amamos de forma tão arrebatadora?
Porque eu me recordo todos os dias, desde o acordar até o momento em que me deito e sonho com você.
O nosso amor tão sutil e calmo fez morada em meu coração.
O tempo com você é o meu ânimo para os dias frios e tristes.
Eu tento atiçar a fraca brasa que restou do nosso fogo.
Mas o sopro da tempestade que ficou após sua partida levou a minha esperança.
Os rabiscos dos poemas de amor que fiz para você parecem tão desajeitados se você não está aqui para ler.
Eu quase me esqueço dos seus traços tão perfeitos.
Aliás, eu tenho observado o quadro que você deixou aqui e sempre me lembro de você.
Recordo do seu sorriso ao ver um passarinho cantarolando ao amanhecer na sua janela.
Você é tudo o que já fez o meu dia bom.
Você foi a pessoa que mais deixou traços na minha vida.
Todavia, sabe o que é mais doloroso?
Nós nunca sequer existimos.
E mesmo assim, você existe em mim.
Para sempre.