RESTO DE NADA

RESTO DE NADA

(19/10/2012)

Eu observo que você finge me querer

Mas na verdade você não quer nada

E vejo que é pura bobeira falar que te amo

E que te quero para ser minha amada

Enquanto te chamo e te espero

Você aí aprontando com essa cara pelada

Depois vem dizendo que sou ignorante

E que não devo ficar de cara fechada

Será que sou tão inútil e mereço somente

O resto de uma mulher atrapalhada?

Ou devo recomeçar e rever meus conceitos

E procurar outra namorada?

Há aqueles que dizem que é melhor o resto

De uma mulher linda e safada

Mas eu prefiro te deixar e te esquecer

Pois não consigo querer o resto de nada

É como uma abóbora madura

Lançada no chiqueiro para a porcada

É como a cana no engenho

Onde fica seu caldo e segue esbagaçada

É como laranja madura que vira mamucha

Depois de espremida ou chupada

É como embalagem descartável e irreciclável

Não pode ser reaproveitada

Eu quero mesmo é ser exclusivo

Se você acha que sou bobo

Está muito enganada

Eu não quero o resto de seu tempo

Nem o resto de seus beijos

Dessa boca babujada

Eu não quero o resto

De uma mulher bandida

Com suas desculpas esfarrapadas

Eu não quero o resto

De um corpo judiado

Eu não quero mesmo

É o resto de nada

Léo Nardo WebSniper Music
Enviado por Léo Nardo WebSniper Music em 12/04/2021
Reeditado em 12/04/2021
Código do texto: T7230476
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.