DREAMS

DREAMS

Você nunca me disse, nem jamais eu vou saber

Por que tudo parecia sombrio e lúgubre em vc

Como se eu fosse um dos carneiros de Panurgo

Que ele lançou às águas. Sempre acossado eu

Eu me sentia. Problemas nunca contigo resolvia

Sempre ameaçado em meus planos de futuro

Como se meus sonhos fossem proibidos de ser

Realizados, e para ti fosse eu mero desconhecido

Soltavas sobre mim perversos espíritos malignos

Te recusavas a acreditar que eu pudesse realizar

Meus fitos q para vc não passavam de devaneios

Recusava-te sempre a me compreender e aceitar

Que eu tinha direito a lutar por eles, realizá-los

Pobre de ti madre minha, talvez nunca tivesses

O nicho da amorosidade materna mera quimera

Talvez, e isso é muito triste: como se o horizonte

Dos sonhos para ti tivesse sido negado, tivesse

Ou fosse por ti desconhecido. É aflitivo saber

Que para mim, teu filho apenas na aparência

Nunca em meus sonhos tenhas me acompanhado

Que fizeste de todo o imenso carinho que meu

Íntimo sempre a ti dedicava??? Por que em troca

Tinhas sempre em mãos uma coroa de espinhos

Uma dificuldade intransponível q me dedicavas???

Os sonhos de toda uma geração nascida tropical

Acabaram no intestino antropofágico, devorados

Pelas velhas madonnas gagás que leram os livros

De receita das donas Xepas dos vasos sanitários.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 02/04/2021
Reeditado em 02/04/2021
Código do texto: T7221732
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