DREAMS
DREAMS
Você nunca me disse, nem jamais eu vou saber
Por que tudo parecia sombrio e lúgubre em vc
Como se eu fosse um dos carneiros de Panurgo
Que ele lançou às águas. Sempre acossado eu
Eu me sentia. Problemas nunca contigo resolvia
Sempre ameaçado em meus planos de futuro
Como se meus sonhos fossem proibidos de ser
Realizados, e para ti fosse eu mero desconhecido
Soltavas sobre mim perversos espíritos malignos
Te recusavas a acreditar que eu pudesse realizar
Meus fitos q para vc não passavam de devaneios
Recusava-te sempre a me compreender e aceitar
Que eu tinha direito a lutar por eles, realizá-los
Pobre de ti madre minha, talvez nunca tivesses
O nicho da amorosidade materna mera quimera
Talvez, e isso é muito triste: como se o horizonte
Dos sonhos para ti tivesse sido negado, tivesse
Ou fosse por ti desconhecido. É aflitivo saber
Que para mim, teu filho apenas na aparência
Nunca em meus sonhos tenhas me acompanhado
Que fizeste de todo o imenso carinho que meu
Íntimo sempre a ti dedicava??? Por que em troca
Tinhas sempre em mãos uma coroa de espinhos
Uma dificuldade intransponível q me dedicavas???
Os sonhos de toda uma geração nascida tropical
Acabaram no intestino antropofágico, devorados
Pelas velhas madonnas gagás que leram os livros
De receita das donas Xepas dos vasos sanitários.