O toque.
Preciso ir embora.
Não sinto mais minhas mãos,
As mãos que meu coração com certeza não às tem.
Não posso tocar à ninguém, os que estão ao meu lado,
Por não sentir os afagos que ao meu corpo convém.
Pergunto à quem magoei a todos os quatro cantos,
Só vejo o soro do pranto tocando a face do chão,
Não sinto mais minhas mãos, às quais meu coração não tem,
Não posso tocar à ninguém e não tenho explicação.
Se acaso ao perguntar e um quarto responder,
O que é que vou fazer com a resposta a mim dada?
Com certeza sei que nada, por tamanha aflição,
Não sinto mais minhas mãos, às quais meu coração não tem,
Não quero tocar à mais ninguém e não quero explicação.