Mato e morro

Mato e morro!

Quando me rasgo, amo e não me deixo amar!

Mato e morro

Quando dura rocha e pouco magma a latejar!

Mato e morro

Quando o traço da poesia me embriaga de fogo em tesão ao mar!

Mato e morro

Quando cuido e descuido por não querer me dedicar!

Mato e morro

Quando a frieza toma conta e parece nunca cessar!

Mato e morro

Quando em meio a multidão meu silêncio a estrondar!

Mato e morro

Quando amo e desamo em grito uníssono a surtar!

Mato e morro

Quando na madrugada devaneios a me torturar!

Mato e morro

Quando fecho os olhos e o desejo à galgar!

Mato e morro

Quando sonho e em distração o ponho em meus lábios a salutar!

Mato e morro

Quando o peito queima e em dor de amor meu coração se põe a chorar.

Mato e morro

Quando em ousadia me recito, me toco, me desejo a não me sufocar!

Quase sempre mato!

Quase sempre morro!

Massueta
Enviado por Massueta em 27/02/2021
Código do texto: T7194393
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