Amor próprio
Peguei um saco de lixo
E fui colocando as mentiras,
As juras, as tantas promessas
Os planos que fiz um dia...
Mesmo estando em destroços
Tão claramente notei
Que nunca houve recíproca
Os olhos que admirei!
Com o peito sangrando em jatos
E uma dor sem igual
Por dentro o gosto amargo
O maior de todo o mal...
Restou- me ainda um resquício
Significante de amor próprio...
A mente balbuciando
Levante, mostre-se forte!
Entendi nesse instante
Nessa sóbria sensatez...
Que ou me ama por inteiro
Ou então, me deixe de vez!
Saí com alguns traumas
Algumas cicatrizes na alma
Mas nada que me tire o sono
Outrora valerá minha'calma!
DAYA MARTINS