" a última valsa "
“ a última valsa “
Daquela última foto não lembro sequer quem fui ou faço...
Naquela última noite eu lembro o sorriso encantado se esvaindo...
Da esquina ouvia o som da eternidade que fatiou o respeito...
De relance vi um rosto amargurado, lhe sorri docemente; nada servindo...
Choramingo o tempo partido fingindo alegria, mas a dor nunca pede motivo...
Cochicho algo vazio à árvore plantada, suas folhas me trazem certo capricho...
O salão nunca esteve tomado, nem vaias nem plateia arrebatada...
A valsa fora consumada, ontem ensaio; hoje destrato e castigo.