Cicatrizes
Eu, autofágico,
sigo a linha de
meu caminho
pedregoso.
Meu amor!
Que de meu tens?
Quando meu foi?
Não me pertences.
A mim pertence
apenas a cadeira
que ocupas
em meu coração.
E o amor
que por você sinto,
este também
não me pertence.
Se me pertencesse,
Confesso, descartaria
junto as lembranças
que tinha de ti.
Lembranças físicas,
pois as marcas que tenho
em meu coração,
gravastes a ponta de faca.
Algumas ainda sangram,
outras são belas cicatrizes
que admiro quando sinto
sua falta.