Irmãs Gêmeas...

Ó minhas meninas, irmãs gêmeas!

Aurora que sem aviso – não sente

Sem receios – desperta em minha frente!

Meus olhos... esse transporte eflúvio

Me torce, entorpece, me causa ardência

Em altos e baixos, alegrias e tristezas...

Invade in vitro, em minhas vestes, sem defesa...

Queria tanto... que vosmicês meninas-irmãs

Se acalmem, cessem esse desejo nascente

Prendam-se, rendam-se e aquietem até o amanhecer...

Ou até agora?

Sei... inevitável... voltarão, eu sei!

Um dia... secará com vento

E enriquecerá com a chuva

Mas... suplico! Demorem a chegar

(É que meus olhos não aguentam tanta dor)

Queimam sim, fervem com as gêmeas,

Não param de arder, de queimar

E vejam meninas... meu coração dilacera nesse fogo

Chora de forma brilhante no pulsar

E porque não molhar minha face de felicidade?

Ora, ora... acordem outro dia! Estou farta meninas!

Porém... nunca morri, tampouco regredi...

Essa não é a maneira de me atingir!

Acreditem, pela manhã, acordo e volto a sorrir!

Essas meninas, irmãs gêmeas...

- Minhas lágrimas!