Mal que amor não cura

Não venho pedir esmola

Migalhas de mesa alheia

O que agora me consola

É só me livrar dessa teia

Cheia de dores na sacola

Da lembrança que mareia.

Minha miséria é quase nada,

Diante de uma alma dura.

Ou casa de porta fechada.

Mal que o amor não cura.

Pra expectativa estagnada,

Não adianta a benzedura.

Quero esquecer depressa

O amor que não vingou.

O quê agora me interessa,

É o verso que não rimou.

Fazer poesia com pressa

É como quem nunca amou.

E com tudo se estressa,

Porque a nada se afeiçoou.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 23/12/2020
Reeditado em 31/12/2020
Código do texto: T7142768
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