Sem nome
De todos os amores que tive, sempre os eternizei em meus textos, mas você não. Decidi, no meio de uma epifania noturna, que tu não és digno nem um pingo de clemência da minha parte.
Você logo cairá no vale do esquecimento, na minha caixa de Pandora e eu não terei um texto sobre quem fostes. Sobre nós.
Descarto por completo sua mísera existência, e, assim como uma ofensa (grande ofensa) nem uma frase te eternizando.
Logo mais essa rachadura em meu peito não existirá e você também não.
E... Diga-se de passagem, para um escritor (pseud. no meu caso.) a maior prova de menosprezo é o total esquecimento, nem mesmo uma nota de rodapé eternizando você.