PINTURA DE WILLIAM TURNER - FORT MIMIEUX
FONTE: GOOGLE


 

TAL COMO O NAVIO CUJA MADEIRA SUCUMBE AO FOGO E SE AFUNDA, TAMBÉM O AMOR INCOMPREENDIDO  SE DESVANECE NO TEMPO.
 

 

                                                                                                                    FERREIRA ESTÊVÃO









ESTRANHA FORMA DE AMAR



Estranha forma de amar
Sinto no teu coração
Deixa-me sem cor nem ar
Ofusca-me a ténue razão

Paixão que deixou de ser
No folhear do calendário
Transformou o meu viver
Num amargo e triste calvário

Talvez que tudo mudasse
Se as palavras fossem ternas
Mas ditas assim sem classe 
Meu querer já não tem pernas

Se não sabes onde vais
Porque teimas em correr?
Eu não te acompanho mais
Pára, deixa de bater…











RÉPLICAS





Recebi da ilustre poetisa Cristina Gaspar   esta brilhante interação, que muito honra a minha página. Obrigado pela gentileza e encanto. 
Visitem a sua escrivaninha.




Não amo com o coração
Apenas com o fogo do ser 
Vivo sem muita razão
Não me importa o teu querer

Machuco ao bel prazer
 Sacrifico qualquer amor
 Degusto o teu sofrer
 Sem perdão sob penhor

 Abro minhas asas ladinas
 Arrancando muitos suspiros
Meu descaso é das vadias meninas

 Achas que ligo pro teu sofrimento?
Me esqueças pois não sei amar
 Afastes-tes de mim sem tormento!




 

Recebi do ilustre poeta Solano Brum  esta sua brilhante tréplica, que muito honra a minha página. Obrigado pela gentileza e encanto. 
Visitem a sua escrivaninha.


 


DESDÉNS

Pouco importa esse "amor perfeito"
Ou se iguala ao amor que eu tinha!
Se já te aninhas nesse outro leito,
Ouro de tolo mas, totalmente minha!

Ontem, a vi passando, já a tardinha,
Junto a quem, se julga satisfeito!
Não sabe que prova a erva daninha...
E eu, o sabor amargo desse despeito!

Não me importo, mas, já descontente,
Não quero vê-la com quem a deseja
Sob sol poente, nem no clarão de lua...
Importa-me, o seu olhar farsante;

A louca provocação enquanto o beija,
Como quem diz: Eu continuo tua!




 

Recebi da ilustre poetisa Cristina Gaspar  nova brilhante interação, que muito honra a minha página. Obrigado pela gentileza e encanto. 
Visitem a sua escrivaninha.



O tempo passou meu amor
Trama cruel em minha vida
Me doeu mais do que pude supor 
Pude refletir além da lida

Andei muitas estradas em desvario
Me entreguei em muitos braços
Duramente enxerguei o vazio
Percebi enfim o valor dos nossos regaços

Venho aqui combalida e exposta
Suplicando teu perdão de verdade
Ajoelhada rogo por tua resposta

Reconhecer que te amo é doído
Só peço a interferência de Deus
Pois sem ti sou nada nos dias meus





 

Recebi da ilustre poetisa  Maria Ventania uma brilhante interação, que muito honra a minha página. Obrigado pela gentileza e encanto. 
Visitem a sua escrivaninha.




A alma voa à frente,
paixão só me feriu,
amor de verdade é troca
esqueço quem me iludiu.

Um dia contudo, surpresa:
Existem homens que amam!
Carinho não se extinguiu,
amizade é o Sol que surgiu.





 

Recebi do ilustre poeta Solano Brum  mais esta brilhante réplica, que muito honra a minha página. Obrigado pela gentileza e encanto. 
Visitem a sua escrivaninha.





 PINTURA EM PANO DE PRATO

A obra exposta, antes traços, antes tela,
Revela, o Quadro impecável do Pintor!
Primor que todos apreciam na aquarela
Aquela ali e outra, igual que estás a expor!

Um Quadro custa, conforme o seu autor,
Valor que poucos tem em meio a cidadela!
Sela, se for vendido... Não sendo, cria bolor...
Senhor! Senhora... atire-o então pela janela!

Não mais farás pinturas por todo esse ano!
Hás de pintar coisas simples, corriqueiras,
Jamais em telas protegidas pelas molduras!

Capricha bem nas tintas num fino pano
De prato... - Retoque-o c'outras costureiras
E exponha em feiras comuns, suas pinturas! 





 

Ferreira Estêvão
Enviado por Ferreira Estêvão em 02/11/2020
Reeditado em 30/05/2022
Código do texto: T7102285
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