Impotente ciúme!
Minha doce amiga
Eu poderia lhe dizer,
as mais belas juras de amor,
mas esse sentimento amargo,
só me traz dissabor.
Vejo-me sugado,
com dedos, mãos e falas atadas.
Muita gente acusaria o pobre do diabo
por essas ideias veladas.
Mas um costume do diabo
é ser culpado das falhas,
dessa humanidade que vive fracasso,
que corta feito fio de navalha.
Todos esses problemas que a mente embaralha,
emaranhado de dores sempre guardadas,
protegido, escondido em bolhas ,
devidamente encapadas.
Só resta encarar, se preparar para batalha,
com espada na mão, de forma bem figurada,
abrir o coração para as angústias guardadas,
encará-las de frente e seguir a caminhada.
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Poema antigo, de tempos mais difíceis.