ABRAÇO DO ADEUS
Lerás, porém, algum dia
Meus versos d’alma arrancados,
De amargo pranto banhados,
Com sangue escritos.
Ainda uma vez, adeus!
[Gonçalves Dias]
Aquela noite sob a bruma fria
Em que até a Lua s’entristecia,
Quando de mi, já tarde, te despedias
Em minh’alma uma sombra caía...
E no peito uma sensação tão vazia!
Pois que naquele singelo abraço,
Dizias-me, tu – “Adeus” -, Amigo e não sabias!