PECADO NATURAL
Tentar e não ter.
Querer e não poder.
Pensar e não encontrar.
Sei o quanto tudo isto é difícil...
Apagar um número,
guardar uma foto,
um objeto – uma roupa;
chorar às escondidas,
enganar a memória
e passar noites a fio.
Sei como é difícil...
Encerrar, terminar – perder
e tristemente recomeçar.
Assim, como conheço
a efemeridade...
De um instante,
de um segundo,
de cada minuto...
De uma gota que cai,
de um gesto,
e de um olhar...
Que simplesmente se vai.
Por saber isto, hoje, eu peco;
não por carência, mas por excesso;
por sentir demais e querer demais.
Por saber que somos efêmeros,
que não pertencemos a nada,
a ninguém, só ao tempo.
Por isto, peco...
Um pecado natural,
que não aliena e não sufoca,
mas, que simplesmente ama.
Audrei Marsan
08/04/2011
Tentar e não ter.
Querer e não poder.
Pensar e não encontrar.
Sei o quanto tudo isto é difícil...
Apagar um número,
guardar uma foto,
um objeto – uma roupa;
chorar às escondidas,
enganar a memória
e passar noites a fio.
Sei como é difícil...
Encerrar, terminar – perder
e tristemente recomeçar.
Assim, como conheço
a efemeridade...
De um instante,
de um segundo,
de cada minuto...
De uma gota que cai,
de um gesto,
e de um olhar...
Que simplesmente se vai.
Por saber isto, hoje, eu peco;
não por carência, mas por excesso;
por sentir demais e querer demais.
Por saber que somos efêmeros,
que não pertencemos a nada,
a ninguém, só ao tempo.
Por isto, peco...
Um pecado natural,
que não aliena e não sufoca,
mas, que simplesmente ama.
Audrei Marsan
08/04/2011