Luto

Às rosas, açucenas, azaleias, marias-sem-vergonha, violetas, margaridas, jasmins...

LUTO.

Uma rosa morreu no jardim.

Seu aroma, juventude, frescor roubou

Em frente a seus brotos seus espinhos arrancou

Pó fez de suas pétalas carmim

A história ia e vinha, se repetia...

Mais uma vez.... Uma vez mais... mais uma vez...

Ele se arrependia

-Eu juro. Isso não vai acontecer de novo. Dizia:

Foi por minha embriaguez.

De joelhos suplicantemente

PERDÃO! PERDÃO! PERDÃO!

Tudo vai ser diferente.

Ela nada fez novamente.

RECONCILIAÇÃO

Desespero, lágrimas, soluços... proponho mudanças.

E ela se encheu de vãs esperanças.

E a rosa seguia sendo enganada, amargurada, despedaçada, mutilada.

Agora não se pode fazer nada.

LUTO.

Morre mais uma flor do jardim.

Roubou seu aroma, juventude, frescor...

A insistência de não esquecer a morte e que há violência.

Alguemqueescreve
Enviado por Alguemqueescreve em 30/06/2020
Reeditado em 01/07/2020
Código do texto: T6992008
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