Luto
Às rosas, açucenas, azaleias, marias-sem-vergonha, violetas, margaridas, jasmins...
LUTO.
Uma rosa morreu no jardim.
Seu aroma, juventude, frescor roubou
Em frente a seus brotos seus espinhos arrancou
Pó fez de suas pétalas carmim
A história ia e vinha, se repetia...
Mais uma vez.... Uma vez mais... mais uma vez...
Ele se arrependia
-Eu juro. Isso não vai acontecer de novo. Dizia:
Foi por minha embriaguez.
De joelhos suplicantemente
PERDÃO! PERDÃO! PERDÃO!
Tudo vai ser diferente.
Ela nada fez novamente.
RECONCILIAÇÃO
Desespero, lágrimas, soluços... proponho mudanças.
E ela se encheu de vãs esperanças.
E a rosa seguia sendo enganada, amargurada, despedaçada, mutilada.
Agora não se pode fazer nada.
LUTO.
Morre mais uma flor do jardim.
Roubou seu aroma, juventude, frescor...
A insistência de não esquecer a morte e que há violência.