Poema em brasa

Mar sem direção;

não era assim,

claro que não!

Agora tudo fala do nosso fim,

então!

Eu não quis te ferir.

Um dia quis você aqui.

Talvez o amor não tivesse um fim.

Mas ficaste ácida dentro de mim.

Tão acre, já não te consumo.

Limpei das mãos nosso sumo.

Feria a minha língua de saudades.

Verdades que já nem acredito.

Ritos de maldade que culpei o tempo.

Das coisas que já nem tento.

Tão lenta essa imperfeição...

Ontem doí-as no meu coração.

São cores que deixei em luto.

Um pássaro bateu as suas asas.

Sentimentos também se apagam.

Quando se queima a última brasa.

Enfastie-me do teu nome.

Já não conseguia te riscar ao chão.

Saudades, já não me lembro.

Porque ficastes em vão!

Do que sei foi assim tão lento...

Será que o amor foi a nossa imperfeição?

Penso que sim, às vezes não.

Porque fiquei mudo!

Não era assim, então.

Autor: ChicosBandRabiscando

ChicosBandRabiscando
Enviado por ChicosBandRabiscando em 17/06/2020
Código do texto: T6979627
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