SENTIR INAUDITO!
(Ps/503)
Por que te sinto, fluido,
A minha dor vai aliviando,
Como um lírio, a margem
Do riacho, beijando d'água
Pura a se espelhar em desconexa
Imagem a correr... sem saber
Para onde a levará... e,
... O momento quiçá, traiçoeiro,
Esmaga-a em letalidade, seu curso.
Somos, mortais e iguais em nossas
Verdades profundas! Quem as conhece?
Porque essa negra aflição, penetra
As minhas veias a tomar-me todo ser,
Aniquilando todos os instantes
Do meu alto brio e me fazer sentir
Indecisa, aniquilada diante da vida,
De ânsias ausentes?
Melhor viver e orbitar
Nesse canto, sombrio, das minhas
Noites escuras, em triste luz, de candeeiro,
Que far-me-á genio de mim, em minha arte
Em dor, letal, à superação!
Porque te sinto fluido, sou impelida
Em ti pensar, em atividade pura de pensar,
Rompendo os portais da imaginação
E penetrar em êxtase, lúcido, de emoções
E ampliar meu próprio ser e não te ter!
Entraves consubstanciais, esvaziaram-me
De intelecto e arte, quando das minhas auroras!
Porque te sinto fluido e a força tida,
Ora, me subtrai do último brinde que
A ti, do meu preparo e empenho, brindaria à
Um novo pacto, liberto e embriagado
Em sonora poética de nós dois,
Em facetas cristalinas dos nossos
Fundos desejos de amor, quase Divino!
Sobre a terra nosso enleio, amadureceu
Em aço, ora dissolvido e errante a vagar
Nas nossas mentes, não obstante,
Em sono brando e indefinido!
"Fluido, frágil, fátuo amor! Que raia
E se espraia nas areias, todas as pétalas
Coloridas, perfumadas e afortunadas
Ao colorir o alvor desse amor quando
Outrora a alma se afagava à sua paz,
Olhando as estrelas e na calma noturna
Envolvia-se em torpor suave e, revigorado,
Tornava ao paraíso sob o brilho pleno da lua,
Observando as gotas de orvalho, pérolas,
Encantadas por esse inaudito amor!"
(Ps/503)
Por que te sinto, fluido,
A minha dor vai aliviando,
Como um lírio, a margem
Do riacho, beijando d'água
Pura a se espelhar em desconexa
Imagem a correr... sem saber
Para onde a levará... e,
... O momento quiçá, traiçoeiro,
Esmaga-a em letalidade, seu curso.
Somos, mortais e iguais em nossas
Verdades profundas! Quem as conhece?
Porque essa negra aflição, penetra
As minhas veias a tomar-me todo ser,
Aniquilando todos os instantes
Do meu alto brio e me fazer sentir
Indecisa, aniquilada diante da vida,
De ânsias ausentes?
Melhor viver e orbitar
Nesse canto, sombrio, das minhas
Noites escuras, em triste luz, de candeeiro,
Que far-me-á genio de mim, em minha arte
Em dor, letal, à superação!
Porque te sinto fluido, sou impelida
Em ti pensar, em atividade pura de pensar,
Rompendo os portais da imaginação
E penetrar em êxtase, lúcido, de emoções
E ampliar meu próprio ser e não te ter!
Entraves consubstanciais, esvaziaram-me
De intelecto e arte, quando das minhas auroras!
Porque te sinto fluido e a força tida,
Ora, me subtrai do último brinde que
A ti, do meu preparo e empenho, brindaria à
Um novo pacto, liberto e embriagado
Em sonora poética de nós dois,
Em facetas cristalinas dos nossos
Fundos desejos de amor, quase Divino!
Sobre a terra nosso enleio, amadureceu
Em aço, ora dissolvido e errante a vagar
Nas nossas mentes, não obstante,
Em sono brando e indefinido!
"Fluido, frágil, fátuo amor! Que raia
E se espraia nas areias, todas as pétalas
Coloridas, perfumadas e afortunadas
Ao colorir o alvor desse amor quando
Outrora a alma se afagava à sua paz,
Olhando as estrelas e na calma noturna
Envolvia-se em torpor suave e, revigorado,
Tornava ao paraíso sob o brilho pleno da lua,
Observando as gotas de orvalho, pérolas,
Encantadas por esse inaudito amor!"