A tulipa solitária
As lágrimas cozinham o meu coração
Fazem jorrar sangue imaginário pra fora
E eu vou cambaleando por aí
Perdida na imensidão do sentir
Uma angústia desce a ladeira do meu corpo
Como uma coceira no pé dentro do sapato
As rimas vão fazendo curvas
Almas alcoolatras cantam o seu nome para mim
Acendendo postes na esquinas como tochas de fogo
Depois dizem que sou uma tulipa solitária
Que a madrugada é o meu lugar
E o seu amor é uma ilusão na minha vida,
Sem saber o que recitar
Vou me dobrando num balé melancólico
Até enlouquecer a cabeça
E cair ao chão da avenida
Como se fosse os seus braços que eu tanto desejo