A NOVELA DA VIDA SEM CRÍTICA

A novela da vida sem crítica

Baby, Baby.

Meu amor.

A floresta.

A praia.

A curva dela.

Pássaro cantador.

Na verdade se mata.

Águas poluídas.

Arregaço de madeiras.

Ave derradeira.

Mulheres suicidas.

Eu vivo clandestino.

Não posso comentar na globo.

A novela da vida sem crítica.

É assim desde menino.

Um cansaço descomunal.

A ignorância se aloja.

Ditado maneiras várias.

Ela moça envolve se com a fúria.

Esquece da sensibilidade.

Uma maneira covarde.

Tudo vira lamúria.

Aruanas em lutas.

Tietê em febre.

O peixinho não resiste.

Os miseráveis insistem.

A amargura de uma lebre.

Não há terreno que suporte o grito.

Os campos estão aflitos.

Eu me calo nessa poesia.

Mas é o cotidiano que revela.

A transa do brio e a injúria.

Até quando as mazelas?

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 28/04/2020
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