Vários amores

Entre amores e amores,

Há amores que plantam,

Há amores que crescem,

Há amores que florescem,

E há amores que morrem.

Entre amores e amores,

Há amores que salvam,

Há amores que curam,

Há amores que rejuvenescem,

E há amores que “envelhecem”.

Entre amores e amores,

Há amores que ligam,

Há amores que deslizam,

Há amores que cultivam,

E há amores que desligam.

E pira,

Pira,

Pira,

E complica.

Entre amores e amores,

Há amores que invadem,

Há amores que nascem,

Há amores, “ai que impasse”,

E há amores que latem.

Então, desmorona-se tudo!

As dúvidas somam,

As vontades se enganam,

Com palavras cafonas.

Porque dentre amores e amores,

Lembrei;

Que de outros amores, superei;

Por que nesse me ancorei?

Em mar aberto,

Corre-se um imenso risco:

O de se afundar,

Afundar... e não voltar.

Mas entre amores e amores,

Há aqueles que sugam,

Perfuram, perturbam,

A alma.

Coração só chora e se enrola.

Apavora-se.

Ancorei?

Sim, talvez.

Mas há uma coisa a decidir:

Se ancorar em um amor até esvair-se,

Ou arrebentar a corrente da âncora?

Entre amores e amores

Decidir,

Ou permitir.

Pois, há amores que se compreendem,

Há amores que se desentendem,

Há amores como o meu,

O seu.

E há amores que só eu,

É melhor ter,

O meu,

O próprio.

Marize Lisboa
Enviado por Marize Lisboa em 25/04/2020
Código do texto: T6928085
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