Vários amores
Entre amores e amores,
Há amores que plantam,
Há amores que crescem,
Há amores que florescem,
E há amores que morrem.
Entre amores e amores,
Há amores que salvam,
Há amores que curam,
Há amores que rejuvenescem,
E há amores que “envelhecem”.
Entre amores e amores,
Há amores que ligam,
Há amores que deslizam,
Há amores que cultivam,
E há amores que desligam.
E pira,
Pira,
Pira,
E complica.
Entre amores e amores,
Há amores que invadem,
Há amores que nascem,
Há amores, “ai que impasse”,
E há amores que latem.
Então, desmorona-se tudo!
As dúvidas somam,
As vontades se enganam,
Com palavras cafonas.
Porque dentre amores e amores,
Lembrei;
Que de outros amores, superei;
Por que nesse me ancorei?
Em mar aberto,
Corre-se um imenso risco:
O de se afundar,
Afundar... e não voltar.
Mas entre amores e amores,
Há aqueles que sugam,
Perfuram, perturbam,
A alma.
Coração só chora e se enrola.
Apavora-se.
Ancorei?
Sim, talvez.
Mas há uma coisa a decidir:
Se ancorar em um amor até esvair-se,
Ou arrebentar a corrente da âncora?
Entre amores e amores
Decidir,
Ou permitir.
Pois, há amores que se compreendem,
Há amores que se desentendem,
Há amores como o meu,
O seu.
E há amores que só eu,
É melhor ter,
O meu,
O próprio.