Grilhões da Alma
Dada criatura da noite, imbuída de trevas negou sua natureza do anoitecer,
Em meio ao esclarecer,
Demonstrou na dita cuja alvorada,
Que o sopro de noite já não era um nada.
Andando em meio criaturas do dia,
Quem diria,
De um sussurro alheio,
Sentiu-se em receio.
De fato a luz o incomodara,
O destruía, definhava,
Havia machucados aquarelas,
De cicatrizes tagarelas.
Mas de uma noite, entre vampiros,
Em que a guerra clamava atenção,
Daquela tela que passava toda a menção,
Havia fraca canção.
A criatura se prendeu em atenção,
Dava a entender uma emoção,
Bem vindo ao quarto do pânico,
De sentimento canônico.
Diria que porventura,
Não era maldição,
Nem atura,
Mas sim, atração.
Ora pois enciumado,
Desalmado,
Desarmado,
Desamado.
Entendeu-se por quem era na noite,
Numa fuga de um coice,
Quase manchara a cama em suor,
Por um triz,
Por um nó!
Esses grilhões,
Que aludem,
Acorrentam colorações,
Que sufoquem.
Ele olhou e colocou a mão,
Passava de cima em baixo, queria se controlar,
Mas a respiração pesada não ajudava,
Pois ele queria, encarava.
E o som contra as cortas,
O violino tocando,
Suas esperanças mortas,
Queria estar dançando.
A cura parecia pestilência,
Foi calmo, paciência,
Mas diante de tanto desejo,
Era sua vontade, seu ensejo.
Quantum era a esperança,
Reencontro,
Em beira da cama,
Estava pronto.
Nos surtos diários,
Gritos e canários,
Desejando o melhor em outrem,
Embora não se encontrem.
Dentre danças das criaturas,
De constelações da inovação,
Somente sepulturas,
Em tempo de destruição.
O açoite,
À noite,
Permanente,
Atraente,
Como queria provar daquele dente!
Suas garras passeavam na maratona,
Levaram-no cabelos à tona,
Porém a resistência prevaleceu,
Queriam,
Mas nenhum dos dois cedeu.
O que sobrou oh Majestade,
Somente desamor,
Somente o eu te amo,
Dentro da amizade.
Mas os ensejos foram calados em calma,
Pela bela dama e sua alva,
Não poderia ceder ao Castlevania,
Seus profundos,
Grilhões da Alma.